Quando falamos de Modulação Hormonal já vem logo a cabeça, tomar hormônios para crescer, perder gordura ou ganhar massa muscular não é mesmo? Sim, tem uma certa relação, mas a modulação hormonal está longe de entregar resultados sem que haja esforço, uma nutrição adequada e descanso.
Separei algumas informações para esclarecer alguns pontos que estão diretamente ligados com a hipertrofia muscular, neste artigo você entenderá a parte genética por trás da hipertrofia muscular.
Mas afinal, o que é modulação hormonal?
As glândulas são responsáveis pela produção hormonal, então quando falamos em modulação hormonal estamos nos referindo na melhora dessas glândulas para uma produção hormonal mais eficiente e atingir o padrão hormona necessário para seu objetivo. Diferente da modulação hormonal, temos a reposição hormonal, onde é caracterizado pela reposição hormonal sintética na forma de cremes, chips, implantes, medicamentos orais, injetáveis ou hormônios bioidênticos, que além de poder desencadear efeitos colaterais, corre o risco de afetar a produção natural dos hormônios, podendo causar falência glândular.
Massa muscular e a importância para uma vida saudável
O aumento da massa muscular é indispensável para a saúde do nosso corpo, passou o tempo que a massa muscular era vista somente para fins estéticos. Hoje entendemos a necessidade para uma melhor qualidade de vida, pois é responsável em nos dar mais sustentação óssea, as fibras do musculo também produzem antioxidantes que protegem nosso DNA, sem contar que é na massa muscular que se encontra as mitocôndrias, responsáveis pela nossa queima de gordura e produção de energia.
Hipertrofia Muscula: Aumento de massa muscular e hipertrofia
O aumento da massa muscular se deve a uma adaptação ao treinamento de força e a união da modulação nutricional desse músculo, essa mudança na massa muscular é denominado hipertrofia muscular.
A hipertrofia é caracterizada como aumento de tamanho e volume muscular, e é dependente do tipo de estímulo aplicado, ou seja, de como é configurado os componentes e variáveis da carga de treinamento e a modulação aplicada ao indivíduo.
Para um bom funcionamento do corpo e para potencializar o aumento de massa muscular durante o processo de hipertrofia, alguns fatores são determinantes, são eles:
- Células satélites
- Hormônios
- Testosterona
- Hormônio do crescimento (Gh)
- Insulina
- Cortisol
Células satélites e hipertrofia muscular
As células satélites são células possuem a habilidade de gerar novas fibras musculares, desempenham um papel importante na regeneração do músculo esquelético. A hipertrofia das fibras musculares é impulsionada pela adição de núcleos células satélites às miofibras existentes (ver Figura 1). O dano muscular inicial do treinamento de força dispara a liberação de vários fatores de crescimento que influenciam na ação das células satélites. Através da ativação, as células satélites são incorporadas dentro da fibra muscular por um processo de fusão, para que seja permitido um aumento na capacidade efetiva de sintetizar proteínas musculares.
A proliferação dos mionúcleos são provenientes das células satélites, sendo que as fibras musculares que acumularem um maior número de mionúcleos tendem a crescer mais, desencadeando uma melhor hipertrofia muscular.
Quando falamos em células satélites ficamos ansiosos para entender qual estratégia nutricional seria essencial para melhorar a produção, mas para tirar essa angustia compartilho aqui um link de um suplemento que ajuda especificamente nesse fato, a creatina, entenda mais sobre em link: https://karinevincenzi.com.br/os-efeitos-ergogenicos-da-creatina/.
Hormônios
Entre os mecanismos responsáveis pela hipertrofia muscular se destaca o sistema endócrino. As respostas hormonais podem ativar as células satélites provocando sua proliferação e diferenciação, auxiliando diretamente na hipertrofia muscular. Mas a função dos hormônios na hipertrofia atua por outras vertentes também.
O treinamento de força produz mudanças agudas no ambiente hormonal que tem sido associado com os processos celulares envolvendo a renovação e crescimento muscular. Após um exercício de força ocorre a liberação de alguns hormônios já descritos na literatura como mediadores do mecanismo de hipertrofia muscular, chamados hormônios anabólicos, como testosterona, hormônio do crescimento (GH), insulina e hormônios catabólicos, como cortisol.
Testosterona
A testosterona é um hormônio esteróide anabólico androgênico que interage principalmente com os receptores andrógenos no músculo esquelético. A testosterona desempenha uma infinidade de funções ergogênicas, anabólicas e anticatabólicas no músculo esquelético e no tecido neuronal, levando ao aumento da força, potência, resistência e hipertrofia muscular.
A testosterona pode ser anticatabólica, diminuindo a expressão do receptor de glicocorticóide, interferindo na ligação do cortisol. Então melhorando os hormônios anabólicos, consequentemente os catabólicos (cortisol) vão diminuir.
Hormônio do crescimento (GH)
O GH tem esse nome (GROWTH HORMONE ou HORMÔNIO DO CRESCIMENTO) por ser responsável pelo crescimento de vários tecidos do organismo. A secreção de GH é extremamente sensível aos estímulos de exercícios de força, sendo que após a realização de um exercício há um aumento agudo na concentração plasmática de GH. Após a ativação do receptor do hormônio do crescimento pelo GH, inicia-se uma série de eventos de transdução de sinal, gerando a resposta de transcrição gênica para síntese de proteína.
Insulina
A insulina é um hormônio essencial na hipertrofia, estimula o aumento da síntese proteíca, transcrição de genes e do crescimento muscular. A insulina estimula a captação de aminoacidos para o interior do miócito, como valina, leucina, isoleucina, tirosina e fenilalanina. De fato, a insulina é indispensável, pois praticamente todo o armazenamento proteíco é interrompido quando a insulina não esta presente.
Outro mecanismo pelo qual a insulina apresenta beneficio na hipertrofia é através da ativação da via AKT/mTOr. Uma vez ativada essa via inicia-se a liberação de uma cascata com varios outros compostos reguladores da sintese protéica.
Cortisol
O cortisol é um hormônio glicocorticoide que é secretado a partir de um estímulo estressante. Esse hormônio apresenta função catabólica e exerce um importante papel no equilíbrio eletrolítico e no metabolismo dos macronutrientes, afetando na síntese de proteína.
Conclusão
É importante lembrar a importância do treino adequado para a hipertrofia, sendo um dos principais fatores para garantir o resultado final. O treino de força tem sido associado ao melhor quadro para a hipertrofia muscular, porém a modulação nutricional é indispensável para quem busca melhorar sua fisiologia estética.
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REFERÊNCIAS
BAZGIR, B. et al. Satellite Cells Contribution to Exercise Mediated Muscle Hypertrophy and Repair. Cell J. v. 4. p.473-484, 2017.
Acesso em: (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5086326/).
KRAEMER, W.J. et al. Growth Hormone(s), Testosterone, Insulin-Like Growth Factors, and Cortisol: Roles and Integration for Cellular Development and Growth With Exercise. Front Endocrinol, 2020.
Acesso em: (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7052063/). PASCHOAL, V.; NAVES, A. Tratado de Nutrição Esportiva. 1 Edição. São Paulo: VP Editora, 2014.