Para alcançar uma performance e qualidade de vida, nossos hormônios devem estar equilibrados. Esse equilíbrio representa um nível hormonal adequado, nem muito baixo e nem elevado demais, onde em ambos os casos podem acarretar em diversos efeitos colaterais.
Efeito colaterais da desregulação hormonal:
- Pressão elevada;
- Doença cardiovascular;
- Alteração do fluxo menstrual;
- Baixa libido;
- Ansiedade, irritação, depressão;
- Acne;
- Celulite;
- Fadiga;
- Ganho de peso; etc.
Dentro desses efeitos colaterais podemos entender a importância de uma modulação hormonal adequada e equilibrar a produção dos hormônios trazendo funcionalidade para nosso organismo.
Quando falamos em modulação hormonal, existem quatro grupos químicos de hormônios: peptídeos, esteróides, aminas e eicosanóides. Cada grupo tem diferentes características quanto a sua forma de síntese, armazenagem, meia vida, forma de transporte no sangue e mecanismo de ação. Os hormônios esteroides (hormônios adrenocorticais e sexuais) são sintetizados em vários tecidos endócrinos a partir do colesterol. Diante disso, vemos que a produção hormonal começa pela nossa alimentação, onde níveis de colesterol são responsáveis pela produção final dos hormônios. Esses hormônios fazem parte da gama de hormônios produzidos pelo nosso organismo e responsáveis pela performance, ganho de massa muscular, emagrecimento, libido, entre outras funções.
Quadro 1: Esquema da biossíntese hormonal.
Como equilibrar meu colesterol para produção hormonal?
O consumo de alimentos fontes de gorduras, principalmente as boas, é uma excelente estratégia para manter seus níveis de gordura no organismo sem afetar sua saúde. As principais fontes são:
- Carnes magras;
- Ovos;
- Abacate;
- Peixes;
- Oleaginosas (castanha, nozes, amêndoas);
- Azeite de oliva;
- Coco;
- Semente de linhaça, girasso.
Estresse Oxidativo
Os radicais livres são espécies químicas que podem causar uma instabilidade da função molecular. A produção excessiva de radicais livres e a baixa concentração de antioxidantes, chamamos de estresse oxidativo. A produção elevada de radicais livres pode levar a um dano oxidativo, onde a geração desse dano desencadeia diversos efeitos prejudiciais ao organismo, tais como a peroxidação dos lipídios de membrana e agressão às proteínas dos tecidos e das membranas, às enzimas, DNA, e claro, alteração na produção hormonal. Podendo levar a danos patológicos que, por sua vez, estão envolvidos nos processos cardiovasculares, carcinogênicos e neurodegenerativos.
A mitocôndria tem papel fundamental no processo de produção de hormônios esteroides. A biossíntese de hormônios esteroides se inicia no interior da mitocôndria, onde o colesterol é transportado para o interior da mitocôndria e convertido a pregnenolona. Várias outras enzimas esteroidogênicas, incluindo 3β-hidroxiesteroide desidrogenase, 11β-hidroxilase e aldosterona sintase também residem nas mitocôndrias. Com o excesso de radicais livres essa conversão pode ser afetada e prejudicando a produção hormonal.
Entendendo que o excesso de radicais livres afeta nosso organismo, como podemos evitar sua proliferação?
Como diminuir a produção dos radicais livres?
Evitar a produção de radicais livres em nosso organismo também ajuda na diminuição do estresse oxidativo e reduzindo danos. Algumas situações que devem ser evitadas para evitar o dano celular em decorrência dos radicais livres são:
- Tabagismo;
- Radiação ultravioleta excessiva;
- Estresse;
- Consumo de álcool;
- Maus hábitos alimentares;
- Consumo de gordura saturada;
- Poluição ambiental;
- Pesticidas.
Como melhorar nossa defesa antioxidante?
Para equilibrar os radicais livres no nosso organismo existem os antioxidantes. Alterações nos mecanismos de defesas antioxidantes podem afetar a biossíntese hormonal. Dessa forma, identificamos a importância dos antioxidantes relacionados a produção hormonal em nosso organismo.
Os antioxidantes são os protetores quanto aos níveis de radicais livres em nosso organismo. O desequilíbrio entre moléculas oxidantes (níveis aumentados de radicais livres) e antioxidantes que tem a finalidade em indução de danos celulares pelos radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo.
A instalação do processo do estresse oxidativo conduz à oxidação de biomoléculas com consequente perda de suas funções biológicas e/ou desequilíbrio homeostático, cuja manifestação é o dano oxidativo potencial contra células e tecidos, afetando a produção hormonal.
Os antioxidantes podem ser divididos em enzimáticos e não enzimáticos. Vamos destacar aqui os não enzimáticos. Os antioxidantes não enzimáticos, podem ser destacados os carotenóides, a bilirrubina, a ubiquinona e o ácido úrico. Porém, as mais importantes micromoléculas no combate ao estresse oxidativo são os tocoferóis (Vitamina E) e o ácido ascórbico (vitamina C) A vitamina C é um antioxidante e é comumente encontrado em nosso organismo na forma de ascorbato. Suas principais fontes alimentares são:
Quadro 2: Alimentos fontes de vitamina C
As vitaminas C e E demonstram interação cooperativa na inibição da peroxidação lipídica e na proteção contra danos oxidativos ao DNA.
A vitamina E é um componente dos óleos vegetais encontrada na natureza em quatro formas diferentes α, β, γ e δ-tocoferol, sendo o α-tocoferol a forma antioxidante amplamente distribuída nos tecidos e no plasma. Dentre os carotenoides, o β-caroteno é a mais importante fonte de vitamina.
Quadro 3: Alimentos fontes de vitamina E
Aumentar o consumo de alimentos fontes de vitaminas antioxidantes vão auxiliar seu organismo na produção hormonal. Mas é sempre importante lembrar da importância de um profissional nutricionista para acompanhar seu equilíbrio adequado de antioxidante. Conte comigo para lhe ajudar nessa jornada.
Nutrigeneticista especializada em modulação hormonal
É importante lembrar a importância de buscar uma profissional especilizada para cuidar de cada caso, sendo um dos principais fatores para garantir o melhor tratamento e resultado final.
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REFERÊNCIAS
MILLER, W.L.. Steroid hormone synthesis in mitochondria. Mol Cell Endocrinol. 2013.
NELSON, D. L., COX, M. M. Lehninger princípios de bioquímica. In: Interação e Regulação Hormonal do Metabolismo dos Mamíferos. 4 ed. São Paulo (SP): Sarvier. 2006. Cap 23. p. 872- 911. COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 4 ed. São Paulo (SP). 2015.